Com o surgimento das companhias de aviação low cost, há alguns anos atrás, começamos todos a ter a possibilidade de ir aqui e ali na Europa quase tão facilmente como íamos passar um fim-de-semana ao Porto ou a Lisboa. difícil imaginar algo melhor para quem adora viajar e não nada em dinheiro. Eu sou fã da Ryanair, já que a partir da minha base (o Porto) é aquela que oferece mais opções de voos.
Apesar de tudo isto é sempre uma chatice ter que pensar muito no tamanho da mala, se vou levar carteira ou não a tiracolo, o peso dos souvenirs numa mala de regresso em que tudo parece crescer. Outro problema clássico de muitas cidades é que para pagar muito menos taxas as companhias low cost voam para aeroportos onde o diabo perdeu as botas, e não para aqueles onde queríamos efetivamente chegar. - Há casos em que isso se pode transformar numa vantagem, e aterrar "no fim do mundo" em Stanstead, Beauvais, Bérgamo ou Bratislava, pode permitir conhecer, para além de Londres, Paris, Milão ou Viena - os destinos óbvios - um local alternativo bem mais perto, Cambridge, Amiens, Bérgamo ou Bratislava.
Este foi um desses casos.
Já tinha estado em Milão por duas vezes, e a maioria dos meus companheiros de viagem também, por isso desta vez aproveitamos a facilidade do aeroporto de Bérgamo para conhecer esta última cidade e explorar o Lago di Como, como tenho vindo a contar nos últimos dias.
O aeroporto é relativamente pequeno, quando comparado com Malpensa mas não com o Porto, o que torna tudo lá dentro mais simples e está muito bem conectado tanto com o centro de Milão - para um passeio mais tradicional - como com o centro de Bérgamo. Há autocarros regulares para a cidade e daqui há comboios para algumas cidades nas margens do lago.
Inicialmente estávamos a pensar dormir em Bérgamo e explorar o lago de carro durante um dia, mas depois encontramos esta casinha simpática, que vos mostrei no post sobre Malgrate e Lecco e mudamos imediatamente de ideias.
Com todas estas mudanças, acabamos por passar apenas algumas horas em Bérgamo, mas foi mais do que suficiente para perceber que teria sido uma ótima opção para assentar arraiais também. A cidade apesar de não ser enorme já tem uma boa estrutura de cidade grande, e está conectada por autoestradas para várias direções, o que pode ajudar para explorarem o norte da Itália de carro. Está dividida em duas zonas principais:
- A zona baixa, mais recente e habitacional, onde podem encontrar um hotel mais económico e onde vão ter de tudo para "viver" e se locomoverem à vontade.
- A città alta, a zona mais antiga - e alta - de cidade. No cima de uma colina bem no centro da cidade e que recomendo que visitem através de um dos elevadores para não perderem todas as energias até chegar lá cima. Mas que vale muito a pena. Cheia de edifícios com séculos de história, igrejas, a catedral, ruinhas estreitas e empredadas, restaurantezinhos típicos e esplanadas, muitas pracinhas e mais encanto ainda. É um segredo muito bem guardado, que me deixou super satisfeita por ter conseguido lá ir. - em breve post detalhado com roteiro pela città alta -
Há imensas opções. será certamente mais charmoso ficar no centro histórico, mas muito mais prático e barato dormir na parte baixa da cidade.
Quando voltarem a olhar para o mapa de Itália e pensar em programar a próxima viagem, olhem duas vezes e pensem com carinho em Bérgamo, pode ser uma porta de entrada ou saída do país bem interessante.
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