Dicas práticas sobre Londres: Tudo o que precisam saber!

Ainda antes da pergunta sobre o que visitar (em Londres ou em qualquer outro lugar...) vem sempre aquele clássico... como chego daqui ali? normalmente do aeroporto ao hotel... e há autocarro? e há comboio? e tiro o bilhete de 1 semana de metro ou não vale a pena? E fico alojada onde?
Enfim, o pessoal não quer é ficar perdido, o que se compreende, ahah. Portanto vamos lá ao que interessa, e por partes:
Como chegar?
- de avião
A cidade de Londres está servida por tantos aeroportos que uma pessoa até quase lhes perde a conta. São eles, o aeroporto de Heathrow, o de Gatwick, o de Luton, o de Stansted e o City.
Os aeroportos de Heathrow e Gatwick são os mais tradicionais, operam voos para todo o canto do mundo e estão bem conectados à cidade.
A partir de Heathrow podem chegar à cidade de metro, mais fácil impossível vão até à estação que mais vos convier mas a viagem dura cerca de 1h, No entanto também há opções de comboio expresso para a estação de Paddington ou de autocarro até à estação de Victoria. Podem consultar os detalhes de todos as formas de chegar à cidade, aqui!
A partir de Gatwick têm comboios regulares para a estação de Victoria, no centro de Londres que fazem o trajecto em cerca de meia hora, ou como opção mais em conta há vários autocarros que ligam o aeroporto ao centro da cidade, mas que demoram entre 1h a 2 h. Podem consultar os detalhes das diferentes opções de transporte aqui!
Os aeroportos de Luton e Stansted são mais pequenos (força de expressão quando comparados com o de Heathrow, se partirem do Porto para Stansted vão achar o aeroporto gigante!) e os preferidos das companhias aéreas low cost, portanto tornaram-se opções muito válidas nos últimos anos.
A partir do aeroporto de Luton há autocarros a sair regularmente para Victoria Station, num trajecto de cerca de 50 minutos, mais detalhes aqui. Também existe a opção de comboio até à estação St. Pancras (ou para quem segue para sul ou para o aeroporto de Gatwick) e podem ver os detalhes de horários e preços aqui.
Se acabaram de chegar a Stansted, o meu conselho é que apanhar o autocarro. Também há opção de ligação de comboio no Stansted Express à cidade, mas os horários são piores e é muito mais cara, a vantagem é demorar menos tempo. Mas como aeroporto queridinho da Ryanair, aqui há autocarros transfer da Terravision à espera dos passageiros de todos os voos, portanto haverá certamente um autocarro à vossa espera com destino à cidade, Liverpool Street ou Victoria Station. Sugiro que comprem os bilhetes com antecedência aqui, as promoções costumam ser boas. A outra opção são os comboios regulares, demoram mais tempo que o Stansted Express, mas também são mais baratos, apesar de mais caros que o autocarro. Podem consultar os detalhes aqui. Acho que compensa em relação ao autocarro se estiverem com grandes restrições de tempo, ou seja, numa situação em que um eventual problema de trânsito possa dar cabo de todos os planos, em princípio de comboio isso não vai acontecer, e de autocarro nunca se sabe.
Há ainda o London City Airport, nunca tive o prazer de aterrar lá, já que fica quase no centro da cidade, as vistas da cidade devem ser óptimas. Tem um perfil bastante business, talvez haja voos para Paris, Bruxelas, Milão, Zurique e Frankfurt. Mas que eu saiba, de Portugal, não dá para voar para lá. No entanto se lá forem parar, basta apanhar o metro. É mesmo na cidade.
Como se locomover?- Oyster Card - A rede de metro em Londres é óptima, velha e suja, mas super prática e chega a todo o lado. Se fosse qualquer outra cidade iria dizer-vos para usarem o metro e só o metro, como estamos em Londres e os autocarros são vermelhos e têm dois andares, se calhar também é fixe darem umas voltinhas num deles porque vale a pena, mais não seja pelo cenário. E a melhor maneira de ter liberdade para fazer tudo isso é comprar um Oyster Card. Que mais não é do que um cartão recarregável em que as viagens vão sendo descontadas à medida que forem utilizando, preços diferentes para metro e autocarro, dependendo do percurso que vão fazer, mas mais barato do que os bilhetes individuais. Com a enorme vantagem de não precisarem de pensar muito em quanto dinheiro vão meter lá dentro (para não sobrar!), porque no fim podem ir a um guichet em qualquer estação e entregar o cartão de novo com devolução do dinheiro que está lá dentro e da caução que pagaram por ele. Simples e eficaz. Aqui podem consultar os preços cobrados pelas diferntes viagens com o Oyster card e uma comparação com um passe mais tradicional, podem ainda comprar o cartão com antecedência, para chegar a Londres e ser só passear!
Onde se alojar?
Londres é uma cidade cara, e enorme. Eu diria que à partida o mais importante é ficar perto de uma estação de metro. Claro que o ideal também seria ficar no centro da cidade, e se tiverem orçamento para isso Mayfair tem óptimos hotéis. Mas assumindo que vamos ter que ir para uma opção mais simples e mais amiga das vossas carteiras deixo-vos ficar aqui duas sugestões de hotel onde já estive.
Hotel Henry VIII - fica na zona norte do Hyde Park, perto de Kensington, Notting Hill, Paddington Station e Marble Arch. Não é o melhor 4**** de sempre, mas era limpinho e confortável, um pouco antigo, mas naquela zona são quase todos. Foi uma boa opção na relação qualidade/preço.
St George Hotel - Um 2** bem mais básico para o caso de procurarem mesmo só uma cama lavada e uma casa de banho onde passar a noite depois de um dia inteiro a palmilhar a cidade. A única comodidade deste hotel é o pequeno-almoço ser trazido ao quarto, já que é num edifício tão estreitinho e pequeno que não tem sala de pequenos-almoços. Mas ficaria lá de novo, se o fim for mesmo dormir e tomar banho. A localização é parecida, e não é por acaso, esta é a zona de Londres com a melhor relação localização/preço. Apesar de ser central, o facto de ser uma zona com casas mais antigas - este hotel não tinha nem elevador, tivemos de subir ums escadas vitorianas até ao quarto andar - e ter algumas zonas nas proximidades com bairros asiáticos, muitos paquistaneses, faz baixar um bocado os preços. Mas isso não é necessariamente mau. Normalmente tem lojas de conveniência abertas toda a noite, opções para comer barato e não tivemos nenhum problema de insegurança. Foi tudo tranquilo.
Uma cadeia normalmente em conta e com hotéis básicos mas porreirinhos que tem imensas filiais em Londres é a Premmier Inn, podem ver aqui a lista de hotéis, nos mais variados endereços da cidade.
(se marcarem hotel através dos links que vos deixo, ou dos banners na barra lateral do blogue, eu recebo uma pequena comissão sem que vocês tenham nenhum outro encargo com a reserva - ficámos todos felizes e a gerência agradece!)
O que comer?
Provavelmente ouviram falar a vida toda de quão péssima é a culinária inglesa. É verdade que não é lá essas coisas, mas também não é a pior de sempre, e até se comem algumas coisas interessantes por lá. Começando logo pelo pequeno-almoço, é verdade que chamar aquilo pequeno-almoço é uma força de expressão, mas duas horinhas depois de ter começado a caminhar pela cidade a todo o gás, qualquer coisa que tenha bacon e ovos já será muito bem-vinda. E ainda traz tomates e feijões para os mais corajosos. De pratos de refeição mais tradicionais não podem escapar do fish and chips, seja num sítio mais fancy ou mesmo numa barraca de rua, e os pubs ainda costumam oferecer também a opção das salsichas com as mashed potatoes (que vêem na imagem) - é um bocadinho doce para o meu gosto, mas não é mau - e o famoso almoço de domingo, o Sunday Roast. Comer é bastante caro em Londres, mas se formos para outras opções que não os pratos típicos podem encontrar restaurantes verdadeiramente estrela Michelin. Todo o chef que se preze tem restaurante na cidade, pronto a delapidar o nosso bolso. Caso estejam mais para umas refeições low cost, há sempre o fast-food que nunca nos deixa ficar mal, o Prêt-a-Manger - uma cadeia de comidas rápidas mas com várias opções saudáveis de saladinhas e sanduíches - ou o Nando's - uma cadeia bem portuguesa de frango de churrasco - muito mais caro que o nosso, mas em conta para padrão inglês.
Por último, um clássico inglês é o chá da tarde. Todos os hotéis mais chiques, cafeterias de museus, ou muitos restaurantes fancy têm esta opção. É verdade que se a ideia inicial passa por um chá com scones, a maioria deles oferece champanhe e aperitivos variados, bolinhos e salgadinhos que fazem uma refeição completa. Mas também podem preparar-se para deixar pelo menos umas 40 libras por cabeça numa brincadeira destas mais chique.
A vida ao contrário!
Para além de fichas diferentes - levem adaptadores, unidades de medida como os pounds e as milhas, o trânsito em Inglaterra circula pela esquerda!
Por favor tenham muito cuidado, está marcado em qualquer lugar para atravessar a estrada para que lado devem olhar, mas não é assim tão fácil quanto pode parecer. Já vi muito europeu continental a ser quase atropelado por causa da ideia de ter o trânsito a circular pelo lado contrário!

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