Roteiro de 3 dias em Paris!

Pois é minha gente, tanta perna batida pela capital francesa, tanta hora passada a percorrer os seus boulevards e 30 mil posts depois sobre alguns locais mais específicos na cidade ainda não tinha saído um roteiro clássico, para quem vai pela primeira vez e está mais ou menos desesperado sem saber por onde começar.
Provavelmente porque desde que criei o blogue nunca mais fui a Paris como a turista clássica, conheço a cidade há que anos e todas as últimas viagens são um pouco sem programa fixo, com apenas um ou outro objectivo mais específico, como visitar uma exposição temporária ou assistir a um espectáculo e depois passear livremente por onde a vontade me levar.
Mas como antes de chegar a esta fase têm primeiro de conhecer bem a cidade, aqui fica a minha sugestão de roteiro com todos os pontos turísticos principais da cidade.
Espero que seja útil para turistas de primeira viagem :)

Dia 1: Começar logo cedo por um dos pontos mais "famosos" (por aqui são quase todos!), o Arco do Triunfo e descer nas calmas os Campos Elísios, a primeira metade é bastante mais comercial, a segunda é muito mais verde, mas vão encontrar à vossa direita o Grand Palais e o Petit Palais, dependendo das exposições temporárias que estejam por lá pode ser um boca ideia entrar. De qualquer das formas, passem entre os dois, até ao Sena, e aproveitem a ponte Alexandre III para tirar a primeira fotografia da Torre Eiffel, bem lá no fundo. De volta aos Campos Elísios, desçam até à Concordia - aí podem perder um bocadinho num dos meus museus preferidos e pequeninos das cidade, a Orangerie, e ver os seus Monet na colecção permanente - e depois tomem a direcção contrária ao rio, para se embrenharem no centro da cidade. Sugiro não perder a Place Vêndome, a Madeleine, a Ópera Garnier (que a propósito vale a entrada) e as galerias La Fayette (não pelas compras mas pelo interior arquitectónico, entenda-se.), de resto esta é a zona de alguns dos Boulevards mais famosos, percam-se a passear por aí.
Quando o dia se estiver a aproximar do fim apanhem o metro até Montmartre, a pracinha por trás da Sacré-Couer com os seus pintores vale uma visita e o pôr-do-sol da escadaria frontal já vai justificar a viagem, desçam depois até à zona do Pigalle e caminhem até ao Molin Rouge, com o dia no fim os néons vão sair ainda melhor nas fotografias.


Dia 2: La Rîve Gauche - a margem esquerda do Sena, claro está. Aquela que já foi a zona mais boémia da cidade, dos artistas, dos jovens e dos revolucionários, nunca perde a sua graça. O roteiro começa no Jardin du Luxembourg e passa pelo Pantheon e pela Sorbonne antes de descer o Boulevard de Saint-Michel até à Île-de-la-Cité. Aqui vão poder visitar outro cartão-postal da cidade, a Catedral de Notre-Dame (a subida vale a pena pelas vistas da cidade e das gárgulas, alô Corcunda!) e a Saint-Chapelle, uma igreja pequena e escondida com os vitrais mais incríveis de sempre. Continuando a caminhar para oeste (seja junto ao rio para ver os bouquiniste ou mais por dentro no Boulevard de Saint-Germain para tomarem um café no famoso Les Deux Magots) vão acabar junto ao Musée d'Orsay, a antiga estação de comboios reconvertida num dos museus mais fixes da cidade (recomendo a entrada!). O passeio continua na mesmo sentido passando pelos Invalides (onde está o túmulo do Napoleão) e terminando nos Champs des Mars, Mesmo por baixo da Torre Eiffel. Se a fila não estiver quilométrica podem arriscar a subida, como eu fiz aqui, e não me arrependi, ou subir até ao Trocadéro e ter o melhor ângulo para fotografias da dita cuja.

Dia 3: Voltamos à margem direita e à zona mais leste do centro da cidade, meio esquecida até à pouco tempo atrás começamos na praça da Bastilha a caminhada em direcção ao redescoberto bairro do Marais, para onde se mudou o cool e o alternativo da cidade nos últimos anos e onde a Place de Vosges parece uma pérola bem escondida, já que está mesmo "murada" com edificado a toda a volta.
Podem passear livremente pelas redondezas, caminhando em direcção a oeste até ao Hôtel de Ville e ao controverso Centro George Pompidou, eu pessoalmente gosto da irreverência - há quem odeie -, vale a pena entrar nem que seja na loja do rés-do-chão, mas também costuma ter várias exposições temporárias. De seguida a ideia é continuar o passeio pela zona de Châtelet Les Halles até ao Palais Royal (onde vão conseguir umas fotografias bem giras, quer nos seus jardins interiores - não se paga para entrar - quer da decoração da entrada de metro, mesmo naquela pracinha onde a Angelina Jolie queima o bilhete d'O Turista) até voltar novamente para junto do rio, através dos Jardins das Tulherias e chegar ao Louvre. Aqui podem apenas relaxar e tirar a fotografia clássica junto à pirâmide ou enfrentar as milhares de salas da Galeria só para conhecer a Mona Lisa. Tenho de confessar que não é dos meus museus favoritos, é tão grande que só de pensar já cansa, passei lá um dia inteiro de pequena e acho que o vi para a vida. Depende muito do propósito mais ou menos cultural da visita.


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