Água no Deserto, as lagunas altiplânicas.

Uma das maiores surpresas nesta visita ao Deserto foi, sem dúvida, a diversidade de cores e paisagens, combinadas com a abundância de água. Um contra-senso naquele que é o deserto mais árido do mundo. É verdade que ao que consta chove por lá cerca de 5 dias por ano, mas há várias outras fontes de água, que não 'humedecem' muito o ambiente, mas que tornam alguns locais únicos.
Um desses locais é bem no alto, a quase 4000 metros e no meio dos vulcões, em plena cordilheira dos Andes, as lagoas de Miscanti e Miñiques. Aqui faz mesmo muito frio, e o cume das montanhas está sempre gelado, e é o degelo dessa água que originou as lagoas e permitiu o crescimento das plantas que a rodeiam. O passeio vale muito a pena, ainda tivemos um bónus de ver um grupo de vicuñas a dirigir-se ao lago para beber e pelo caminho paramos em mais um pueblo no meio do deserto, Socaire.

Dicas para este passeio: Vão muito bem agasalhados com várias camadas de roupa, sendo a primeira térmica, conforme forem subindo a temperatura vai cair a sério e também apanhamos um ventinho bem cortante a ajudar à festa. Vão abastecidos de água para irem hidratando pelo caminho, é um passeio bem alto e devem ter todos os cuidados para evitar o soroche. Vão estar literalmente no meio do nada, a mais de uma hora de qualquer vestígio de civilização, vão prevenidos também com qualquer coisa para enganar a fome.

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